Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesed) de janeiro a junho deste ano mostram que 32 mulheres no Rio Grande do Norte foram vítimas de tentativas de feminicídio.
O número é 88% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 17 mulheres quase foram mortas por motivos banais.
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No recorte, o mês com o maior número de registros do tipo foi em março deste ano, com 8 tentativas de feminicídio. Apenas junho do ano passado não teve nenhuma tentativa de feminicídio computada.
Sobre o número de mulheres que morreram por motivo torpe, os dados deste ano se assemelham com o mesmo período de 2023.
Nos seis primeiros meses do ano, 17 feminicídios foram contabilizados pela Sesed. No mesmo período do ano passado, foram 16 mulheres mortas por motivo banal.
“Os maiores perpetradores desses crimes são pessoas conhecidas, principalmente companheiros e ex-companheiros dessas mulheres. Não à toa, a maioria dos feminicídios ocorrem no âmbito familiar”, afirma Eder Dantas, pesquisador do Departamento de Demografia da UFRN.
Num intervalo de uma semana, quatro mulheres foram mortas no Rio Grande do Norte. O primeiro dos crimes foi registrado na última quinta-feira (11), em Santana dos Matos. Maria das Graças Leocádio, de 40 anos, foi morta a facadas. O companheiro da vítima foi preso pouco após o assassinato.
No dia seguinte, Daiane do Nascimento, de 31 anos, também foi morta com golpes de faca no Centro da cidade de Serra Negra do Norte, Seridó potiguar. O principal suspeito do crime é o marido de Daiane, que fugiu após o crime.
No último sábado (13), uma enfermeira aposentada foi encontrada morta com sinais de esfaqueamento na própria casa em Capim Macio, zona Sul de Natal. Um dos autores do crime foi o próprio sobrinho da vítima.
Por fim, nesta segunda-feira (15) mais um feminicídio, desta vez em Patu. A guarda municipal Paloma Ferreira Gomes foi morta, segundo a polícia, pelo próprio companheiro. O crime ocorreu um dia antes dela completar 25 anos de vida.
Fonte: g1 RN