Taxa de analfabetismo no RN é quase o dobro da média no Brasil, aponta Censo do IBGE

A taxa de analfabetismo no Rio Grande do Norte foi de 13,8%, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estão presentes no Censo Demográfico 2022. A taxa representa quase o dobro da média nacional, que foi de 7%.

Os dados do IBGE são referentes às pessoas com 15 anos de idade ou mais que não sabem ler e escrever uma carta simples.

Isso representa, segundo os dados do IBGE, aproximadamente 365 mil pessoas no estado de um total de 2,6 milhões de pessoas acima dessa faixa etária.

A média de analfabetismo do estado, no entanto, ficou abaixo da média do Nordeste, que foi 14,2%. A região foi a que teve o índice de analfabetismo mais alto do país.

Em comparação à última edição da pesquisa, de 2010, houve relativa melhora: um salto de 80,9% de alfabetizados no Nordeste para 85,79%.

Veja índices de analfabetismo no Nordeste (do maior para o menor):

O IBGE também apontou que o analfabetismo é maior no RN entre pessoas pretas. Veja os índices por raça no estado:

A taxa de analfabetismo no estado foi maior entre os homens (16,6%). As mulheres tiveram índice de 11,3%.

Quanto às faixas etárias, a média de pessoas analfabetas entre 15 e 19 anos foi a mais baixa, enquanto a faixa com pessoas acima de 65 anos atingiu um índice de 37%. Veja abaixo média de analfabetismo por faixa de idade no RN:

🤔 O que é o Censo? É uma pesquisa realizada pelo IBGE para coletar dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país.

🚨 Por que ele é importante? O Censo identifica informações essenciais para a criação de políticas públicas. A partir delas, é possível direcionar os recursos financeiros da União para estados e municípios, como nas áreas de saúde, educação, habitação, transportes e energia.

📝Como os dados foram coletados? Foram três formas de participação: entrevista presencial (98,9% dos casos), por telefone (entrevistas feitas por recenseadores) ou preenchimento de formulário on-line.

O Censo entrevista os brasileiros na residência habitual, seja um lar particular, coletivo (asilos) ou improvisado (nas ruas, por exemplo).

Fonte: g1 RN