Um grupo com cerca de 50 manifestantes fez um protesto neste sábado (14) em Ponta Negra, zona Sul de Natal. Os manifestantes pediam justiça após um vendedor ambulante ter sido baleado por um segurança no último fim de semana. O crime ocorreu enquanto a vítima trabalhava.
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Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes se reuniram no início da manhã e ocuparam uma área do Calçadão de Ponta Negra, localizado na avenida Erivan França. O protesto foi realizado próximo a um hotel onde trabalha um segurança, denunciado pela vítima como autor do crime.
Em um dos cartazes, manifestantes pediam respeito para os trabalhadores. De acordo com Micarla Tereza, organizadora do protesto que também é vendedora ambulante, um dos pontos que mais causou revolta é o fato da vítima não ter reagido antes das agressões se iniciarem.
O crime foi registrado no último dia 7 de setembro. A vítima tem 24 anos e atua legalmente como vendedor ambulante, comercializando toalhas e copos. Ele foi agredido com socos e baleado na perna. A bala segue alojada no pé da vítima, que está sem condições de trabalhar.
Segundo a Polícia Civil, o agressor deverá responder por tentativa de homicídio. Ninguém foi preso até então.
Segundo o relato da vítima, que pediu para não ser identificada, os desentendimentos com os seguranças do hotel começaram ainda na sexta-feira (6).
Ele afirmou que colocou os copos na mureta do hotel, para expor ao público, mas os seguranças chamaram a polícia para obrigá-lo a tirar o material.
No dia seguinte, a vítima relata que o segurança “foi violento” e não aceitou o pedido de desculpas. As agressões teriam começado a partir daí.
Parte das agressões foram registradas por um vídeo gravado por outros ambulantes. Nas imagens, é possível ver o vendedor sendo agredido com tapas, sem reagir. De acordo a vítima, o tiro foi disparado depois que o vídeo tinha sido encerrado.
De acordo com ambulante, o agressor deixou o local e desde o dia da ocorrência, não voltou a ser visto no calçadão.
O hotel envolvido informou que não tem vínculo com o ocorrido, nem é a favor de qualquer forma de violência. O hotel comunicou que desconhece a pessoa que disse ser segurança do estabelecimento e que os seguranças do hotel trabalham fardados de uniforme azul, não usam armas, e ficam na portaria.
Fonte: g1 RN