A Prefeitura de Natal confirmou na manhã desta segunda-feira (9) que procura uma nova jazida de onde deve ser tirada a areia para a engorda da praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal.
É previsto o uso de 1 milhão de metros cúbicos de areia para alargar uma faixa de 4 km da praia mais famosa da capital potiguar.
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A obra foi paralisada no dia 3 de setembro, quatro dias após o início da execução, porque a equipe da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), contratada pela prefeitura, identificou problemas nos sedimentos retirados do banco de areia licenciado, que fica a cerca de 7 quilômetros da costa de Natal, em frente ao Farol de Mãe Luiza.
A areia retirada da jazida, que havia passado por estudos em 2015 e 2021, estava com cascalho, o que a deixaria imprópria para a obra. Segundo o município, novos estudos são realizados sobre o material.
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“O município já está buscando alternativas, para encontrar na região. Quando você licencia uma área, não é somente a área diretamente afetada. Tem a área de influência direta, área de influência indireta, um grande raio de atuação. E nós estamos buscando, nessas áreas, alternativas, para que a gente possa garantir a engorda e iremos garantir”, afirmou o secretário.
De acordo com o Thiago Mesquita, a embarcação contratada para dragar a areia está sendo usada para auxiliar os pesquisadores nos estudos.
Procurado pelo g1, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), afirmou que o município só não precisará de uma nova licença ambiental e autorização para mineração caso encontre areia na área já licenciada.
“Se encontrarem material suficiente na área que se encontra licenciada e autorizada pela agência nacional de mineração, eles podem seguir. Mas se precisarem complementar com área vizinha ou distante, precisam ter todo o procedimento novamente. Tanto a autorização da agência nacional como licenciamento”, afirmou Ana Valéria, supervisora do Núcleo de Licenciamento de Extrativismo Mineral do Idema.
O secretário ainda afirmou que não haverá mudança no orçamento da obra, se os serviços foram concluídos dentro do prazo estabelecido.
“Se causar um atraso de duas semanas ou um mês, aí sim teríamos que fazer uma readaptação financeira. Não é o caso ainda. Essa parte de diagnóstico faz parte das primeiras duas semanas. Aconteceu a mesma coisa, coincidentemente, em Balneário Camboriú. A primeira jazida apontada apresentou também um problema, parou a obra, encontraram uma alternativa e executaram dentro do orçamento. Faz parte do processo”, disse.
Fonte: g1 RN