O ABC perdeu por 2 a 0 para o Londrina e continua sem vencer no Frasqueirão, em Natal. A partida bem que poderia ter sido diferente se Jenison tivesse convertido uma cobrança de pênalti ainda no primeiro tempo, quando o placar estava 0 a 0. Principal contratação do Alvinegro para a Série C do Campeonato Brasileiro, ele fez seu primeiro jogo como titular e assumiu a responsabilidade pelo revés.
Antes da cobrança, houve uma conversa entre Jenison e Wallyson, que seria o batedor oficial. Sem uma sinalização da comissão técnica, a decisão foi dos atletas em campo, e Jenison cobrou para a defesa do goleiro Arthur, do Londrina.
– Wallyson chegou para mim, perguntou se ele podia bater. Eu peguei a bola para assumir essa responsabilidade. A gente quer mudar essa chave. Cheguei aqui para ajudar. Foi por isso que naquele momento eu resolvi bater o pênalti, para pegar confiança, dar mais confiança para os meus companheiros – disse em entrevista à 96 FM.
– Eu não me eximo da responsabilidade, não. Sei que a responsabilidade dessa derrota é minha. Bato no peito aqui. O torcedor pode me cobrar, mas vou continuar dando raça em campo, dando meu máximo. Eu sei que logo nós vamos trazer o torcedor pro nosso lado e espero que seja no próximo jogo – completou.
Wallyson, que chegou a ser hostilizado por alguns torcedores após o apito final, também falou sobre a penalidade.
– Ele falou que estava confiante. Disse ‘deixe comigo que eu bato. Se eu perder, assumo a responsabilidade’. Mas a culpa não é dele, não. É de todo mundo. Quando ganha, ganha todo mundo. Quando perde, perde todo mundo – contou.
Em entrevista coletiva, Roberto Fonseca comentou que “no pênalti a gente colocou o cara que chegou fora do contexto de pressão, mais tranquilo, sempre artilheiro, acostumado a bater pênalti. Chamou a responsabilidade, acabou errando”.
– É uma escolha, né? São batedores de pênalti. São pessoas que treinam, tanto Jenison como Wallyson. Eu falei qual o pensamento. Se você deixa o Wallyson bater e ele erra, você vai falar que ele está com a carga psicológica, vem de uma pressão e teríamos que colocar alguém que está chegando com tranquilidade para bater o pênalti. Se bate o Jenisson e erra, a gente fala que poderia ter sido Wallyson, poderia ter sido B – declarou.
– Eu acredito que eles devem ter procurado um atleta com uma carga de pressão menor para poder bater o pênalti. A escolha sempre vai ser positiva e certa se faz. Se não fez, a escolha vai ser sempre errada daqueles que tomaram ali dentro. Ali dentro quem quem está pautado e tem a obrigação de tomar as decisões são os atletas – emendou.
Fonte: g1 RN