Mesmo após redução no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, a melhora nos preços não tem chegado ao consumidor final. Na última terça-feira (6), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou as distribuidoras de gás de cozinha do país para que possam esclarecer, assim como no caso dos combustíveis, o motivo da redução anunciada pela Petrobras não ter chegado à população.
A medida vem em resposta à divulgação de dados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), que apontam que distribuidoras e revendedores de gás de cozinha não estão repassando as quedas de preços aos consumidores.
O secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, destacou a importância da ação. “Normalmente, a atenção do noticiário volta-se sempre para gasolina e diesel. Entretanto, para a população mais pobre, o preço extorsivo do gás de cozinha é muito prejudicial. Existem pessoas que, não tendo condições de pagar pelo gás, estão utilizando lenha, colocando sua vida e de seus familiares em risco. Não podemos aceitar que a redução não tenha chegado nas casas das pessoas”, declarou Damous sobre a notificação.
A notificação da Senacon, encaminhada ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo – Sindigás, visa assegurar que as distribuidoras estejam atuando de forma justa e transparente com os consumidores. A entidade terá 48 horas, a partir do recebimento da notificação, para prestar os esclarecimentos à Secretaria.
Os dados serão analisados para verificar se há distorções significativas entre os diferentes elos da cadeia de fornecimento e para identificar a existência de irregularidades nos processos de precificação.
Jair Sampaio