O corpo de Constantino Thé Maia, de 50 anos, que foi a 62ª vítima confirmada da queda do voo da VoePass em Vinhedo, São Paulo, no dia 9 de agosto, chegou ao Rio Grande do Norte neste sábado (17), após ter sido identificado pelo Instituto Médico Legal de São Paulo e liberado para a família.
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Morador de Parnamirim, na Grande Natal, Constantino era representante comercial e retornava ao estado após participar de uma convenção no Paraná. Ele embarcou no interior do Paraná com destino ao Aeroporto de Guarulhos e de lá embarcaria em um novo voo, com destino final a Natal.
Segundo a família, o velório reservado para familiares e amigos próximos acontecerá às 17h deste sábado, seguido de uma encomendação às 17h30 e do sepultamento às 18h, no Cemitério e Crematório Vila Flor em Macaíba, na Grande Natal.
Constantino era pernambucano, mas morava no Rio Grande do Norte há 32 anos. Ele era casado há 25 anos e deixou dois filhos.
Tino, como era mais conhecido pela família, teve o nome confirmado entre as vítimas do acidente pela Voepass apenas no dia seguinte à queda do avião, no sábado (10). A confirmação fez o número de vítimas subir de 61 para 62.
Segundo a família de Constantino, a morte dele só foi confirmada quando parentes do representante comercial já estavam em São Paulo em busca de informações – cerca de 18 horas depois do acidente.
Constantino foi o segundo morador do Rio Grande do Norte confirmado entre as vítimas. O cearense Thiago Almeida Paula, de Mossoró, no Oeste potiguar, também estava no voo. O corpo de Thiago foi sepultado na quinta-feira (15) em Mossoró.
De acordo com a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea dona da aeronave, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel (PR) às 11h58 com destino a Guarulhos (SP).
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. “A perda do contato radar ocorreu às 13h22”.
A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições. O Cenipa, órgão da aeronáutica responsável pela investigação do acidente, disse em coletiva que ainda é prematuro apontar as causas do acidente.
A Anac informou que a aeronave se encontrava em condição regular para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos, além dos tripulantes com documentação em dia.
“O voo contava com quatro tripulantes a bordo no momento do acidente e todos estavam devidamente licenciados e com as habilitações válidas”, disse a Anac.
Segundo o secretário de Segurança de Vinhedo, Osmir Cruz, a aeronave caiu próximo de uma residência com moradores dentro, mas nenhuma pessoa em solo ficou ferida.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e disse que vai monitorar “a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes”.
A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o acidente.
Fonte: g1 RN