Bolsonaro se pronuncia após PF declarar erro nas contas: “Aguardemos outras correções”

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou de um erro numeral admitido pela Polícia Federal no relatório das joias para criticar a investigação. A PF chegou a calcular que a venda ilegal de joias recebidas como presente durante o mandato presidencial teria movimentado R$ 25,2 milhões, mas depois corrigiu a quantia, e o valor final chegou a R$ 6,8 milhões. Bolsonaro foi às redes criticar: “Aguardemos muitas outras correções”.

Os números constam no relatório da PF encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O documento chega a citar o que chama de “enriquecimento inadmissível pelo presidente da República, pelo simples fato de exercer uma função pública”. Bolsonaro, porém, voltou a garantir que não desviou joias.

Em publicação na tarde desta segunda-feira (8/7), o ex-presidente publicou a notícia do erro na conta da PF e escreveu: “Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias ‘desviadas’ estão na CEF, Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo”.

Ele ainda diz aguardar a “PF se posicionar no caso Adélio”, indicando quem foi o mandante da facada, e afirmou: “O delegado encarregado do inquérito é o atual Diretor de Inteligência”. Em junho, a Polícia Federal concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho no ataque ao então candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro, em 2018.

Nesta segunda-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo do caso das joias. Moraes considerou que, com o relatório final do caso apresentado pela Polícia Federal na semana passada, não há razão para manter o processo sob discrição.

Agora, a Procuradoria-Geral da União terá o prazo de 15 dias para pedir mais provas, arquivar o caso ou apresentar denúncia. O relatório da PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas no caso em que é apurada a venda ilegal no exterior de joias recebidas durante o mandato presidencial. A PF concluiu que houve crime de peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia criminosa.

Fonte: Metrópoles

Fonte: Blog do BG